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Micotoxinas em Alimentos: Detecção e Legislação

 

Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos que podem contaminar alimentos e representam uma preocupação séria para a indústria alimentícia e a saúde pública. Neste post, vamos explicar o que são micotoxinas, como são realizadas as análises para detectá-las em alimentos, a legislação relevante, os equipamentos de laboratório envolvidos e as principais metodologias utilizadas.

O Que São Micotoxinas?

Micotoxinas são metabólitos tóxicos produzidos por fungos, sendo algumas das mais conhecidas as aflatoxinas, ocratoxina A, zearalenona, deoxinivalenol (DON) e fumonisinas. Elas podem contaminar uma variedade de alimentos, incluindo grãos, nozes, produtos à base de cereais, frutas secas, café e até mesmo alimentos para animais.

Existem várias micotoxinas conhecidas, e algumas das mais comuns incluem:

  1. Aflatoxinas: Produzidas principalmente por espécies do gênero Aspergillus, as aflatoxinas são altamente tóxicas e podem contaminar amendoins, milho, nozes, e outros produtos.

  2. Ocratoxina A: Produzida principalmente por espécies de Aspergillus e Penicillium, essa micotoxina pode ser encontrada em grãos, uvas e produtos à base de café.
  3. Zearalenona: Produzida por fungos do gênero Fusarium, a zearalenona é encontrada em cereais como o milho e o trigo.
  4. Deoxinivalenol (DON): Também produzida por fungos Fusarium, o DON é encontrado em grãos como o trigo, a cevada e o milho.
  5. Fumonisinas: Outras micotoxinas produzidas por espécies de Fusarium, as fumonisinas são frequentemente encontradas em milho e seus produtos.

 

Detecção de Micotoxinas em Alimentos

A detecção de micotoxinas em alimentos é crucial para garantir a segurança dos produtos alimentícios. Existem várias técnicas e metodologias para realizar essa detecção, incluindo:

  1. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC): Esta técnica é uma das mais utilizadas na detecção de micotoxinas. Ela envolve a separação das micotoxinas em uma coluna cromatográfica, seguida pela detecção por espectroscopia de absorção ou fluorescência.
  2. Cromatografia de Camada Delgada (TLC): A TLC é uma técnica mais simples que envolve a separação de substâncias em uma placa revestida com um adsorvente. As micotoxinas são detectadas pela sua migração na placa e por reações químicas específicas.
  3. Espectrometria de Massa (MS): A MS é utilizada em conjunto com a HPLC para análise de micotoxinas. Ela identifica as micotoxinas com base em suas massas moleculares únicas.
  4. Imunoensaio: Essa técnica utiliza anticorpos específicos para micotoxinas e é amplamente empregada devido à sua alta sensibilidade. Ela inclui ensaios como ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay).

Legislação

A legislação brasileira relacionada às micotoxinas em alimentos é abordada por diferentes órgãos reguladores, principalmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (MAPA). Aqui estão algumas das principais regulamentações e legislações relacionadas a micotoxinas no Brasil:

  1. Resolução RDC nº 7/2011 da ANVISA: Esta resolução estabelece os limites máximos de tolerância para micotoxinas em alimentos no Brasil. Ela define limites específicos para diversas micotoxinas, como aflatoxinas, ocratoxina A, deoxinivalenol (DON), fumonisinas e outros.

Equipamentos de Laboratório e Produtos Relacionados

Laboratórios de análise de micotoxinas necessitam de equipamentos sofisticados, incluindo cromatógrafos de alta performance, espectrômetros de massa, sistemas de preparação de amostras, e outros instrumentos de análise. Na técnica de cromatografia fazemos o uso de VIAL para CROMATOGRAFIA.

Equipamentos: Adquira os equipamentos necessários, como cromatógrafos líquidos de alta eficiência (HPLC), espectrômetros de massa, sistemas de preparação de amostras, leitores de placas de ELISA, sistemas de extração e outros instrumentos específicos para análise de micotoxinas.

Conclusão

A detecção de micotoxinas em alimentos é crucial para garantir a segurança alimentar e a saúde pública. Através de técnicas avançadas de laboratório, regulamentações rigorosas e equipamentos de alta tecnologia, a indústria alimentícia trabalha para minimizar a presença de micotoxinas em seus produtos, protegendo assim a saúde dos consumidores e cumprindo com os padrões de segurança alimentar estabelecidos.

É importante observar que as regulamentações e limites máximos de micotoxinas podem ser atualizados e revisados periodicamente para refletir novos conhecimentos científicos e preocupações com a segurança alimentar. Portanto, é essencial que as empresas do setor de alimentos e rações estejam atualizadas com as regulamentações mais recentes e realizem análises de rotina para garantir a conformidade com essas normas.

 

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