Impacto da Variação de Temperatura na Estabilidade de Amostras Biológicas
O armazenamento de amostras biológicas é uma etapa crucial em laboratórios clínicos, farmacêuticos, ambientais e de pesquisa. A qualidade das análises depende diretamente da integridade das amostras, e um dos fatores mais críticos para garantir essa integridade é o controle da temperatura. Variações, mesmo que pequenas, podem comprometer proteínas, ácidos nucleicos, células ou microrganismos, gerando resultados imprecisos, desperdício de material e até riscos para a saúde pública.
Neste artigo, vamos explorar em profundidade o impacto da variação de temperatura na estabilidade de amostras biológicas, mostrando como práticas adequadas de armazenamento de amostras biológicas podem evitar falhas analíticas e assegurar resultados confiáveis.

Por que a temperatura é determinante no armazenamento de amostras biológicas?
A temperatura exerce influência direta sobre a atividade metabólica e química das amostras. No caso de tecidos, células ou fluidos corporais, variações térmicas podem acelerar a degradação de biomoléculas, como DNA, RNA e proteínas.
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Temperaturas elevadas: favorecem a degradação enzimática e a proliferação microbiana.
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Temperaturas instáveis: provocam oscilações que aceleram processos de oxidação e desnaturação proteica.
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Temperaturas abaixo do ideal: podem formar cristais de gelo que destroem estruturas celulares.
Assim, o armazenamento de amostras biológicas exige precisão e equipamentos capazes de manter a estabilidade, como refrigeradores, freezers, ultrafreezers e sistemas de monitoramento contínuo.
Efeitos da variação de temperatura em diferentes tipos de amostras biológicas
1. Amostras de sangue e plasma
O armazenamento incorreto pode causar hemólise, degradação de hemoglobina e alterações na concentração de biomarcadores. Temperaturas ideais variam de 2 a 8°C para análises de curto prazo e de -20 a -80°C para longo prazo.
2. Amostras de DNA e RNA
São extremamente sensíveis à degradação térmica. Para manter a estabilidade, o armazenamento de amostras biológicas de ácidos nucleicos deve ser feito a -86°C ou em nitrogênio líquido (-196°C).
3. Culturas celulares
Células vivas precisam de congelamento controlado em freezers a -80°C ou em tanques de nitrogênio líquido. Variações de temperatura durante o transporte ou falhas em freezers comprometem totalmente a viabilidade celular.
4. Amostras microbiológicas
Microrganismos podem sofrer perda de viabilidade ou alterações no perfil genético quando armazenados em temperaturas inadequadas. A padronização do processo de armazenamento de amostras biológicas é essencial para estudos de microbiologia clínica e ambiental.
Riscos da instabilidade térmica no armazenamento de amostras biológicas
A falta de controle na variação de temperatura acarreta riscos como:
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Resultados analíticos imprecisos: dados não confiáveis comprometem diagnósticos e pesquisas.
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Descarte de material: amostras inviáveis exigem coleta ou preparação adicional.
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Perda financeira: custos elevados com reagentes e reposição de amostras.
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Impacto regulatório: descumprimento de normas como RDC nº 302/2005 (ANVISA) e ISO 17025.
A adoção de equipamentos especializados de conservação, aliados a protocolos padronizados, minimiza esses riscos.

Boas práticas para reduzir os impactos da variação de temperatura
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Escolha de equipamentos adequados
Freezers de baixa temperatura (-86°C) e ultrafreezers com monitoramento digital são fundamentais. -
Monitoramento contínuo
Sistemas com alarmes e registros automáticos asseguram a rastreabilidade do armazenamento de amostras biológicas. -
Controle de acesso
Reduzir a frequência de abertura de portas de freezers evita oscilações bruscas. -
Backup de energia
Geradores ou sistemas de energia ininterrupta (UPS) são essenciais em caso de falha elétrica. -
Treinamento da equipe
Profissionais capacitados garantem o cumprimento dos protocolos de armazenamento e conservação.
FAQ
O que é armazenamento de amostras biológicas?
É o processo de conservar materiais biológicos, como sangue, plasma, DNA, células e microrganismos, em condições controladas de temperatura e segurança para preservar sua integridade.
Qual a temperatura ideal para o armazenamento de amostras biológicas?
Depende do tipo de amostra: sangue e plasma entre 2°C e 8°C (curto prazo), DNA e RNA a -80°C, e culturas celulares em ultrafreezers ou nitrogênio líquido.
Por que a variação de temperatura prejudica a estabilidade das amostras?
Porque acelera a degradação de proteínas, ácidos nucleicos e estruturas celulares, comprometendo a qualidade dos resultados laboratoriais.
Quais equipamentos são usados no armazenamento de amostras biológicas?
Refrigeradores, freezers, ultrafreezers, tanques de nitrogênio líquido e sistemas de monitoramento digital.
Como evitar falhas no armazenamento de amostras biológicas?
Com monitoramento contínuo da temperatura, uso de equipamentos adequados, backup de energia e treinamento da equipe.
Conclusão
O impacto da variação de temperatura na estabilidade de amostras biológicas não pode ser subestimado. Cada grau de oscilação pode significar perda de integridade molecular, inviabilidade celular e resultados laboratoriais inválidos.
Por isso, o armazenamento de amostras biológicas deve ser tratado como um processo estratégico, baseado em equipamentos de alta confiabilidade, monitoramento constante e conformidade com normas regulatórias.
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