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Manual de Coleta e Preparo de Amostras de Água

Sumário

Manual Prático: Como Coletar e Preparar Amostras para Análise Microbiológica de Água

A qualidade da água consumida por populações humanas, utilizada em processos industriais ou destinada ao uso agrícola depende diretamente da segurança microbiológica. A presença de microrganismos patogênicos, como bactérias coliformes, enterococos ou Pseudomonas aeruginosa, pode representar riscos à saúde e comprometer todo um sistema de abastecimento. Por isso, dominar o processo de coleta e preparo de amostras para análise microbiológica da água é essencial para laboratórios, estações de tratamento e instituições de pesquisa.

Este guia prático aborda as boas práticas recomendadas, os materiais necessários e os procedimentos exigidos conforme a Portaria GM/MS nº 888/2021, que regula os padrões de potabilidade da água no Brasil.

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Situação da água no Brasil: dados atualizados

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), aproximadamente 35 milhões de brasileiros ainda vivem sem acesso à água potável, e cerca de 55% do esgoto gerado no país é despejado sem tratamento. A contaminação microbiológica da água é um dos principais fatores associados a surtos de doenças de veiculação hídrica, como hepatite A, giardíase e febre tifóide.

Diante desse cenário, a realização de análises microbiológicas sistemáticas tornou-se uma exigência não apenas legal, mas também de gestão da qualidade.

Etapa 1: Planejamento da coleta

Antes de realizar a coleta da amostra, é essencial considerar:

  • Objetivo da análise: potabilidade, controle ambiental, água de reuso, etc.
  • Tipo de água: subterrânea, superficial, tratada, água de consumo humano.
  • Ponto de coleta: de acordo com o risco sanitário e representatividade.
  • Volume necessário: varia conforme o tipo de análise, mas geralmente 100 a 500 mL.
  • Materiais de coleta esterilizados: frascos de vidro ou polietileno autoclavados ou irradiados.

Etapa 2: Coleta de amostras de forma correta

Materiais:

  • Frascos estéreis com ou sem tiossulfato de sódio (para cloro residual)
  • Etiquetas para identificação
  • Cooler com gelo reciclável
  • Luvas e EPIs adequados

Procedimento:

  1. Rotular os frascos antes da coleta, com dados como local, data, horário e coletador.
  2. Higienizar o ponto de coleta com álcool 70% ou hipoclorito (em torneiras, por exemplo).
  3. Deixar a água correr por 1 a 2 minutos antes da coleta.
  4. Abrir o frasco apenas no momento da coleta e preenchê-lo até aproximadamente 90% de sua capacidade, evitando bolhas.
  5. Tampar imediatamente.
  6. Armazenar no cooler entre 2 e 8ºC.

Atenção:

O tempo entre a coleta e o início da análise não deve ultrapassar 6 horas para a maioria dos ensaios microbiológicos.

Etapa 3: Preparo da amostra no laboratório

Ao chegar ao laboratório, a amostra deve ser imediatamente registrada e processada. As etapas incluem:

1. Inspeção visual

  • Verificar turbidez, cor, presença de sedimentos ou odores anormais

2. Homogeneização

  • Agitar suavemente o frasco para garantir distribuição uniforme dos microrganismos

3. Alíquotas para ensaios

  • Distribuir alíquotas conforme os métodos analíticos (filtração por membrana, MPN, substrato cromogênico)

Etapa 4: Principais métodos microbiológicos utilizados

A Portaria GM/MS nº 888/2021 estabelece os parâmetros microbiológicos obrigatórios para água potável:

  • Escherichia coli (obrigatória)
  • Coliformes totais
  • Enterococos (quando aplicável)
  • Clostridium perfringens (em algumas situações)
  • Pseudomonas aeruginosa (em águas envasadas)

Métodos aceitos:

  • Filtração por membrana
  • Método do Número Mais Provável (NMP)
  • Placas cromogênicas prontas para uso (Colilert®, CompactDry, entre outras)

Cada um desses métodos exige condições específicas de preparo, incubadoras calibradas, meios de cultura validados e boas práticas de assepsia.

Equipamentos recomendados para análise microbiológica da água

A execução de análises microbiológicas exige equipamentos específicos que garantam precisão e segurança. Os principais incluem:

Investir nesses equipamentos garante conformidade com as normativas e resultados confiáveis.

Etapa 5: Controle de qualidade na coleta e análise

Para garantir a rastreabilidade e confiabilidade dos dados, deve-se observar:

  • Uso de blanks (frascos de controle) para verificar esterilidade
  • Controle de temperatura do transporte com termômetro de máximo e mínimo
  • Registro detalhado de cada etapa
  • Participação em ensaios de proficiência (recomendado por ISO/IEC 17025)

Conclusão

A execução correta da coleta e preparo de amostras para análise microbiológica da água é um dos pilares do monitoramento ambiental e da garantia da qualidade de águas destinadas ao consumo. Além de ser uma exigência normativa pela Portaria GM/MS nº 888/2021, representa um compromisso com a saúde pública e a sustentabilidade dos recursos hídricos.

Laboratórios que adotam protocolos rigorosos e equipamentos de precisão, como incubadoras microbiológicas, câmaras de fluxo laminar e sistemas de filtração a vácuo, tendem a apresentar maior acurácia e confiabilidade nos resultados.

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Redator do Site SP Labor

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