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Micropipeta- Entendendo Mais

 

 

A micropipeta foi inventada em 1957 na Universidade de Marburg, Alemanha, pelo pós-doutorado Heinrich Schnitger. Frustrado com a pipetagem repetitiva de pequenos volumes usando micropipetas de vidro, Schnitger desenvolveu um protótipo com um pistão com mola e uma ponta de plástico removível para conter o líquido.

A história da micropipeta está ligada à necessidade de precisão e reprodutibilidade em experimentos científicos. Antes da introdução das micropipetas modernas, os cientistas utilizavam pipetas de vidro que eram menos precisas e mais suscetíveis a erros devido à variação manual.

A inovação crucial veio com o desenvolvimento da micropipeta ajustável. Em 1957, o cientista alemão Heinrich Schnitger patenteou um design para uma micropipeta, mas foi o bioquímico alemão Eppendorf, com seu modelo aprimorado lançado em 1972, que revolucionou o laboratório. Esse novo modelo era mais preciso, fácil de usar e confiável, permitindo ajustes precisos de volume.

A micropipeta moderna permite aos cientistas:

  1. Precisão e Consistência: Manipular volumes pequenos com alta precisão, o que é essencial para a reprodutibilidade dos resultados experimentais.

  2. Eficiência: Aumentar a eficiência no trabalho laboratorial, economizando tempo e reduzindo o risco de erro humano.

  3. Versatilidade: Adaptar-se a uma ampla gama de aplicações científicas, desde PCR e sequenciamento de DNA até análises químicas e desenvolvimento de medicamentos.

  4. Segurança: Reduzir o risco de contaminação cruzada e exposição a substâncias perigosas.

Em resumo, a micropipeta é mais do que um simples instrumento; ela é um símbolo do progresso na pesquisa científica, representando a busca incessante por precisão, eficiência e confiabilidade em experimentos laboratoriais.

 

 

 

 

Características Principais de uma Micropipeta

Todas as principais características das micropipetas atuais foram incorporadas ao protótipo, mostrado acima, que foi patenteado em 1957. Na parte inferior da micropipeta, um pequeno pistão se move em um orifício hermético.

Característica Principal das Ponteiras das Micropipetas

As micropipetas são instrumentos essenciais em laboratórios, e possuem várias características que as tornam adequadas para o manuseio preciso de líquidos. Aqui estão algumas de suas principais características:

  1. Volume Ajustável: A maioria das micropipetas possui um mecanismo para ajustar o volume de líquido aspirado. Isso permite aos usuários trabalhar com uma grande variedade de volumes, normalmente entre 0,1 µL e 1.000 µL, dependendo do modelo da micropipeta.

  2. Precisão e Exatidão: As micropipetas são projetadas para fornecer uma entrega de volume altamente precisa e consistente. A precisão refere-se a quão próximos estão os volumes dispensados em múltiplas pipetagens, enquanto a exatidão se refere à proximidade desse volume ao valor alvo.

  3. Pontas Descartáveis: Para evitar a contaminação cruzada, as micropipetas são usadas com pontas de pipeta descartáveis que podem ser facilmente trocadas entre amostras.

  4. Sistema de Pistão: Elas operam com um sistema de pistão que aspira e dispensa o líqui

As ponteiras da micropipeta de plástico removíveis são encaixadas na extremidade em forma de cone. Devido a um amortecedor de ar, nenhum líquido entra em contato com o pistão.

O volume é definido por um batente fixo ou ajustável inferior e superior no pistão com mola. Para a liberação completa do líquido, é aplicada pressão aumentada, que pressiona para baixo uma segunda mola que sustenta o batente inferior.

 

Como a Micropipeta revolucionou a Pipetagem

 

A micropipeta revolucionou a pipetagem em laboratórios científicos de várias maneiras significativas, marcando um avanço importante na precisão, eficiência e segurança dos processos laboratoriais. Aqui estão algumas das principais maneiras pelas quais essa inovação transformou a pipetagem:

  1. Precisão e Exatidão Aprimoradas: Antes das micropipetas, as pipetas de vidro e outros métodos manuais eram menos precisos e sujeitos a um maior erro humano. As micropipetas permitem medir e transferir pequenos volumes de líquidos com grande precisão e consistência, o que é crucial em muitos procedimentos experimentais, como reações em cadeia da polimerase (PCR), culturas celulares e análises químicas.

  2. Manuseio de Volume Variável: A capacidade de ajustar facilmente os volumes permite que uma única micropipeta seja usada para uma variedade de aplicações, aumentando a flexibilidade e a eficiência no laboratório.

  3. Minimização da Contaminação Cruzada: Com o uso de pontas de pipeta descartáveis, as micropipetas reduzem significativamente o risco de contaminação cruzada entre amostras. Isso é essencial para manter a integridade dos experimentos, especialmente em campos como a biologia molecular e a microbiologia.

Simples, elegante e eficaz, a micropipeta revolucionou o manuseio de pequenos volumes de líquidos. Ao permitir a transferência rápida de micro volumes, ele transformou o trabalho bioquímico, médico, molecular e biológico celular e se tornou o dispositivo mais amplamente utilizado na ciência biológica.

Crédito: Cortesia da Universidade de Munique

 

Tipos de Micropipeta

 

Existem diversos tipos de micropipetas disponíveis, cada um projetado para atender a necessidades específicas em laboratórios. Aqui estão alguns dos tipos mais comuns:

  1. Micropipetas de Volume Fixo: Estas micropipetas são ajustadas para aspirar e dispensar um volume específico, que não pode ser alterado. São usadas quando um volume constante de líquido é repetidamente necessário.

  2. Micropipetas de Volume Variável: Permitem ao usuário ajustar o volume dentro de um determinado intervalo. São versáteis e ideais para aplicações que exigem diferentes volumes de líquidos.

  3. Micropipetas Multicanal: Possuem múltiplas ponteiras que permitem pipetar simultaneamente várias amostras. Essas são particularmente úteis para trabalhos que envolvem placas de microtitulação, como ensaios de ELISA ou PCR.

  4. Micropipetas Eletrônicas: Automatizam o processo de pipetagem, reduzindo o esforço manual e aumentando a precisão e a reprodutibilidade. São ideais para experimentos que requerem pipetagem contínua ou em grande volume.

 

 

Ponteira: acessório da micropipeta indispensável

 

A ponteira de pipeta  ou ponteira para micropipeta são uma parte importante da micropipeta e permitem que o mesmo dispositivo seja usado para amostras diferentes (desde que você mude a ponta entre as amostras) sem lavar.

Elas vêm em vários tamanhos e cores diferentes, dependendo da micropipeta com que são usados ​​e do volume a ser dispensado.

 

Para que servem os Racks de Ponteira?

Os racks de ponteira são acessórios essenciais em laboratórios que utilizam micropipetas. Eles servem para várias funções importantes:

  1. Organização e Acessibilidade: Racks de ponteira mantêm as ponteiras organizadas e facilmente acessíveis. Eles geralmente são projetados para segurar muitas ponteiras de uma só vez, permitindo que os usuários rapidamente peguem uma nova ponteira quando necessário.

  2. Prevenção de Contaminação: Ao manter as ponteiras em um rack, é possível minimizar o risco de contaminação. As ponteiras em um rack são tipicamente estéreis e livres de DNA, RNA, endotoxinas e outras contaminações, o que é crucial para experimentos sensíveis.

O rack para ponteira são esterilizados para evitar contaminação. Por esse motivo, os racks devem ser mantidos fechados se não estiverem em uso. As ponteiras são carregadas na extremidade da micropipeta, empurrando a extremidade do dispositivo na ponta e dando dois toques agudos. Uma vez usadas, as ponteiras são ejetadas para uma lixeira de objetos cortantes usando o botão de ejeção da ponta. Nunca toque na ponta com os dedos, pois isso representa um risco de contaminação.

Funcionamento da Micropipeta :

O êmbolo pode estar em qualquer uma das três posições:

Cada uma dessas posições desempenha um papel importante no uso adequado da pipeta. 

Para retirar líquido

Para remover a última gota de líquido da ponta, empurre para a posição 3. Se estiver introduzindo um líquido, remova a ponta do líquido antes de soltar o êmbolo

Segure a micropipeta com o polegar apoiado no êmbolo e os dedos enrolados ao redor da parte superior do corpo. 

 

Para dispensar líquido

Segure a micropipeta de forma que a extremidade da ponta que contém a ponta esteja dentro do recipiente para o qual você deseja entregá-la. Ao entregar volumes menores em outro líquido, pode ser necessário colocar a ponta da ponta abaixo da superfície do líquido (lembre-se de mudar a ponta posteriormente, se você fizer isso para economizar material contaminado). Para volumes menores, você também pode segurar a ponta contra a lateral do recipiente. 

 

Manutenção Micropipeta

A micropipeta deve ser guardada na posição vertical:

1. Evita-se que a micropipeta entre em contato com superfícies que podem estar contaminadas, como, por exemplo, a bancada de trabalho (ao se deitar a pipeta sobre a bancada ou no interior de uma gaveta pode-se transferir para o corpo do dosador contaminantes que estejam neste local e estes, podem ser posteriormente transferidos ao experimento).

2. Caso não seja feita a ejeção dá(s) ponteira de pipeta (s) e houver sobrado uma quantidade residual do líquido no interior das mesmas, ao se deitar a micropipeta, este líquido pode escorrer para o interior do equipamento contaminando e danificando as peças internas e/ou o porta-cone.

3. IMPORTANTE: decantação do óleo, se a micropipeta ficar por longo período de tempo na posição horizontal o lubrificante interno pode ficar acumulado em somente em uma parte do anel oring interno, fazendo com que o pistão não trabalhe homogêneo. O Correto é sempre o armazenamento na posição vertical que pode ser na caixa original ou em um suporte para micropipetas.

 

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Fonte : di.uq.edu.au/community-and-alumni/sparq-ed/sparq-ed-services/using-micropipette