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Como reduzir retrabalho em laboratório com boas práticas

Sumário

Como Reduzir Retrabalho em Laboratório com Ações Simples

O retrabalho é um dos maiores vilões da produtividade em ambientes laboratoriais. Embora muitas vezes seja visto como um “custo invisível”, ele compromete prazos, afeta a qualidade dos resultados e aumenta o desgaste da equipe. A boa notícia é que é possível reduzir retrabalho em laboratório com ações simples, que envolvem desde ajustes de rotina até mudanças estratégicas no controle da qualidade.

Em um cenário cada vez mais competitivo, laboratórios que priorizam a eficiência e a padronização tendem a se destacar, não apenas por entregar resultados mais rápidos e precisos, mas também por manter seus custos operacionais sob controle. Neste artigo, exploramos como reduzir o retrabalho na prática, com foco em boas práticas, dados relevantes e experiências reais do setor.

O que é retrabalho e por que ele acontece?

No contexto laboratorial, retrabalho é toda atividade que precisa ser refeita total ou parcialmente, seja por falhas humanas, desvios nos procedimentos, contaminações, erros analíticos ou problemas com as amostras. Cada nova tentativa consome tempo, reagentes, mão de obra e, muitas vezes, compromete a integridade do resultado final.

Entre os principais causadores de retrabalho em laboratórios, destacam-se:

  • Coleta inadequada de amostras.

  • Falhas de identificação ou rotulagem.

  • Uso de equipamentos fora de calibração.

  • POPs desatualizados ou não seguidos.

  • Falta de qualificação técnica da equipe.

  • Armazenamento incorreto de reagentes.

Estudos da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) mostram que laboratórios que não monitoram causas de retrabalho podem ter até 18% de suas análises comprometidas, com impactos diretos no custo por amostra e no tempo de liberação dos resultados.

1. Padronização de processos: comece pelo básico

Uma das maneiras mais eficazes de reduzir retrabalho em laboratório é investir na padronização. Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) atualizados, claros e de fácil acesso garantem que cada colaborador execute as etapas da mesma forma, independentemente da experiência individual.

Laboratórios que realizam revisões trimestrais dos seus POPs observam, em média, redução de 25% nas ocorrências de falhas técnicas, segundo relatório interno da ABNT/CB-036. Isso ocorre porque procedimentos bem definidos evitam improvisações, esquecimentos e decisões subjetivas.

Além disso, o treinamento contínuo com base nesses procedimentos ajuda a fixar rotinas e reforçar a importância de cada etapa.

2. Qualificação técnica da equipe: invista em conhecimento

Outro fator decisivo para reduzir retrabalho em laboratório é manter a equipe devidamente qualificada. A pressa na execução, a má interpretação de métodos ou o desconhecimento de normas técnicas são causas frequentes de falhas evitáveis.

Programas de capacitação contínua, acompanhados de reciclagem periódica, reduzem significativamente o índice de erros humanos. Um levantamento da USP (2022) apontou que laboratórios que treinam suas equipes ao menos uma vez por semestre observam queda de até 50% nos casos de retrabalho recorrente.

Além do conhecimento técnico, é importante que os colaboradores estejam alinhados com a cultura da qualidade e sintam-se responsáveis pelos resultados que entregam.

3. Calibração e manutenção de equipamentos: confiabilidade garantida

O uso de equipamentos fora da tolerância metrológica é uma das causas mais silenciosas — e prejudiciais — de retrabalho em análises laboratoriais. Um resultado gerado por uma balança descalibrada, por exemplo, pode comprometer toda uma série de amostras, exigindo repetição de testes, consumo adicional de reagentes e risco de perda de contratos.

Para reduzir retrabalho em laboratório, é essencial:

  • Estabelecer um cronograma de calibração e manutenção.

  • Trabalhar com fornecedores que forneçam certificados rastreáveis.

  • Registrar e verificar periodicamente os status dos instrumentos.

O simples ato de registrar a última calibração e validar o equipamento antes do uso já pode evitar muitos problemas.

4. Boas práticas de amostragem e identificação

Muitas falhas laboratoriais têm origem fora do ambiente técnico, especialmente na etapa de coleta ou recebimento de amostras. Uma etiqueta mal preenchida, uma amostra fora da temperatura ideal ou coletada com o recipiente errado podem inviabilizar todo o processo.

Para minimizar esse tipo de falha, recomenda-se:

  • Treinar os responsáveis pela coleta (inclusive clientes externos).

  • Fornecer kits de coleta padronizados.

  • Implementar sistemas digitais para rastreabilidade de amostras.

  • Estabelecer critérios rigorosos de aceitação no recebimento.

Reduzir retrabalho em laboratório passa também por educar todos os envolvidos na cadeia analítica — inclusive aqueles que não atuam diretamente no laboratório.

5. Adoção de indicadores de qualidade

Não se pode melhorar o que não se mede. Por isso, a adoção de indicadores de desempenho é fundamental para mapear onde os erros mais acontecem e quais ações corretivas são mais eficazes.

Os principais indicadores relacionados ao retrabalho incluem:

  • Taxa de retrabalho por setor ou tipo de análise.

  • Tempo médio gasto com correções.

  • Impacto financeiro do retrabalho mensal.

  • Causas mais frequentes de falhas repetidas.

Laboratórios que acompanham esses dados com regularidade têm mais facilidade para antecipar problemas, adaptar treinamentos e tomar decisões baseadas em evidências.

6. Comunicação e cultura da qualidade

Por fim, a criação de uma cultura de qualidade é o que sustenta a redução do retrabalho a longo prazo. Isso significa promover uma comunicação clara entre os setores, estimular o relato de falhas sem punições e envolver toda a equipe nos objetivos de melhoria contínua.

O ambiente ideal para reduzir retrabalho em laboratório é aquele em que os colaboradores:

  • Se sentem parte do processo de qualidade.

  • Entendem os impactos de seus erros.

  • Têm voz para sugerir melhorias.

  • Recebem feedback e reconhecimento por boas práticas.

Um exemplo concreto vem de um laboratório ambiental em Curitiba, que reduziu em 40% seu índice de retrabalho após a criação de um comitê interno de qualidade, com reuniões mensais e plano de ação participativo.

Conclusão

Retrabalho é um problema real e recorrente nos laboratórios, mas está longe de ser inevitável. Com ações simples, bem direcionadas e sustentadas por uma cultura técnica, é possível reduzir retrabalho em laboratório, aumentar a produtividade e entregar resultados com mais agilidade e segurança.

Padronização de processos, capacitação da equipe, manutenção de equipamentos, boas práticas de amostragem e uso de indicadores formam um conjunto de medidas acessíveis e eficazes para quem busca excelência operacional.

Reduzir retrabalho não é apenas cortar custos — é elevar o nível do serviço prestado, fortalecer a reputação do laboratório e garantir a confiança dos clientes.

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Redator do Site SP Labor

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