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Você sabe o que é uma Cabine de Segurança Biológica? Tem dúvidas de como escolher esse equipamento perfeitamente?

 

Quando o assunto é segurança em laboratórios que manipulam agentes biológicos, a escolha de uma Cabine de Segurança Biológica (CSB) é decisiva. Mas como selecionar o equipamento ideal para garantir a proteção do operador, das amostras e do ambiente? A seguir, detalhamos o que você precisa saber, com base nas principais regulamentações e nas características técnicas essenciais.

 

Que tipos de Laboratórios devem optar por uma Cabine de segurança Biológica?

Laboratórios que manipulam agentes biológicos potencialmente perigosos devem optar por uma Cabine de Segurança Biológica (CSB) para garantir a proteção do operador, do ambiente e das amostras. Esses laboratórios incluem:

1. Laboratórios de Microbiologia

Laboratórios que trabalham com bactérias, fungos, vírus e outros microrganismos patogênicos necessitam de CSBs para evitar a contaminação do operador e a disseminação de agentes infecciosos no ambiente. Isso inclui laboratórios de pesquisa médica, universitária e hospitalar.

2. Laboratórios de Biotecnologia

Laboratórios que desenvolvem produtos biotecnológicos, como vacinas, terapias gênicas ou pesquisas envolvendo organismos geneticamente modificados, precisam de CSBs para proteger os operadores de agentes biológicos e manter a integridade das amostras.

3. Laboratórios de Diagnóstico Clínico

Laboratórios de análises clínicas que realizam diagnósticos de doenças infecciosas (como tuberculose, COVID-19, HIV, entre outras) utilizam CSBs para garantir a proteção ao manipular amostras biológicas humanas.

4. Laboratórios Farmacêuticos

Empresas farmacêuticas que desenvolvem e produzem medicamentos, especialmente vacinas e antibióticos, precisam de CSBs para garantir a esterilidade do ambiente de produção e a segurança dos profissionais envolvidos no processo.

O que diz a legislação?

No Brasil, as cabines de segurança biológica devem seguir as diretrizes da Anvisa, conforme a RDC 50/2002, que trata de projetos físicos de estabelecimentos de saúde. Além disso, a Norma ABNT NBR 14412, baseada nas normas internacionais NSF/ANSI 49, estabelece os requisitos mínimos de segurança para essas cabines.

Essas regulamentações exigem que as CSBs sejam testadas e certificadas periodicamente para garantir sua eficiência na proteção contra agentes patogênicos. Isso inclui o controle de fluxo de ar, a integridade dos filtros HEPA e a contenção de partículas.

Fluxograma de Como escolher um Gabinete de Segurança ou Capela de Fluxo Laminar

Tipos de Cabines de Segurança Biológica

É fundamental escolher o tipo de cabines de segurança biológica certo para a sua aplicação. Vamos entender as diferenças entre os tipos mais utilizados:

  • Classe I: Protege o operador e o ambiente, mas não protege as amostras. Indicada para trabalhos com agentes de baixo risco biológico. Tem uso restrito para operações onde a proteção do produto não é prioritária.
  • Classe II (Tipos A1, A2, B1 e B2): Protege o operador, as amostras e o ambiente. Ideal para trabalhos com microrganismos que exigem ambientes estéreis e seguros. As CSBs de Classe II são subdivididas em tipos com diferentes níveis de exaustão de ar e filtragem.
    • Tipo A1 e A2: Reutilizam parte do ar interno após a filtragem, sendo recomendadas para trabalhos com agentes de risco moderado.
    • Tipo B1 e B2: Possuem maior exaustão de ar, adequadas para trabalhos com produtos químicos tóxicos ou agentes com maior risco biológico.
  • Classe III: Projetada para trabalhar com agentes de risco biológico elevado (nível de biossegurança 3 e 4), essas cabines são completamente seladas e possuem luvas integradas para o manuseio das amostras. A exaustão é 100% filtrada e não há recirculação de ar.

Critérios Técnicos para Escolher a CSB

Além da conformidade com normas legais, alguns critérios técnicos são essenciais ao selecionar a cabine:

  • Proteção oferecida: Analise se a cabine oferece a proteção que você precisa para o operador, o ambiente e as amostras. Para laboratórios que trabalham com agentes de risco biológico elevado, a cabines de segurança biológica de Classe III é a mais recomendada.

  • Filtros HEPA: Todas as CSBs devem estar equipadas com filtros HEPA (High-Efficiency Particulate Air), que garantem a retenção de 99,97% das partículas com tamanho mínimo de 0,3 micrômetros. A qualidade desses filtros é crucial para a segurança.
  • Fluxo de ar: O fluxo de ar precisa ser cuidadosamente verificado. Nas cabines de segurança biológica Classe II A1, o ar circula internamente e também é exaurido para o ambiente, sempre filtrado. Esse fluxo impede que partículas contaminadas escapem, protegendo o operador e o ambiente externo.
  • Certificações e Testes: De acordo com a ISO 14644, as cabines precisam ser certificadas periodicamente por empresas acreditadas. Isso garante que o equipamento está funcionando dentro dos parâmetros de segurança, especialmente em termos de fluxo de ar e eficiência dos filtros HEPA.

Conclusão: Escolha Consciente

Escolher uma cabines de segurança biológica não é apenas uma questão de adquirir o equipamento mais sofisticado. A decisão envolve conhecer profundamente as regulamentações, entender os riscos biológicos envolvidos nas operações do seu laboratório e optar por um modelo que atenda aos requisitos técnicos e legais. O suporte contínuo e a manutenção adequada garantirão que a segurança seja mantida ao longo do tempo.

 

 

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