Fale com o Especialista: Qual a importância do armazenamento correto de insumos para laboratório
A qualidade e a segurança das análises laboratoriais não dependem apenas de equipamentos sofisticados ou técnicas avançadas. Um dos pilares mais importantes — e muitas vezes negligenciado — é o armazenamento correto dos insumos para laboratório.
Reagentes, padrões analíticos, meios de cultura, solventes, materiais de consumo e até mesmo vidrarias exigem cuidados específicos no momento de serem estocados. Condições inadequadas podem levar à degradação, contaminação cruzada e perda de validade, comprometendo não apenas os resultados, mas também a segurança da equipe.
Neste artigo da série Fale com o Especialista, explicamos por que o armazenamento adequado dos insumos para laboratório é essencial, como organizá-los de forma segura e eficiente, e quais são as normas e boas práticas envolvidas.
Por que o armazenamento correto dos insumos é tão importante?
Os insumos para laboratório são a base de qualquer procedimento analítico. Um reagente vencido, um meio de cultura contaminado ou um padrão fora da especificação pode invalidar uma análise inteira — e, em casos mais graves, comprometer a saúde pública, decisões industriais ou diagnósticos médicos.
Segundo dados da ANVISA, aproximadamente 15% das não conformidades registradas em inspeções de laboratórios clínicos e industriais estão relacionadas à armazenagem inadequada de insumos. Isso inclui problemas como:
Falta de controle de temperatura;
Ausência de segregação entre produtos incompatíveis;
Uso de insumos vencidos ou fora de especificação;
Armazenamento em locais com alta umidade, calor ou iluminação inadequada.
Além disso, a ISO/IEC 17025, norma que rege laboratórios de ensaio e calibração, exige controle rigoroso do ambiente de armazenamento, rastreabilidade e registros adequados dos materiais utilizados.
Quais insumos exigem cuidados especiais?
Os insumos para laboratório variam de acordo com o setor (clínico, químico, ambiental, farmacêutico etc.), mas, em geral, incluem:
Reagentes químicos (ácidos, bases, indicadores, tampões);
Padrões analíticos e soluções de referência;
Solventes orgânicos (como etanol, metanol, acetona);
Vidros e consumíveis estéreis (pipetas, ponteiras, placas de Petri);
Kits de diagnóstico ou análise rápida;
Materiais perecíveis ou controlados.
Cada categoria exige critérios específicos de armazenamento, desde temperatura e ventilação até sinalização e controle de acesso.
Armazenamento de insumos químicos
Reagentes e solventes devem ser armazenados conforme orientações da FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico) e das normas da NR-26 (Sinalização de Segurança) e ABNT NBR 14725.
Boas práticas incluem:
Separação por classes de risco (inflamáveis, corrosivos, oxidantes);
Uso de armários ventilados e com contenção secundária;
Armazenamento longe de fontes de calor, luz direta ou faíscas;
Identificação visível e data de validade em todos os frascos;
Controle de estoque com registro de entrada, uso e descarte.
Dica do especialista: Nunca armazene reagentes incompatíveis juntos, como ácidos e bases, pois podem reagir perigosamente.
Armazenamento de meios de cultura e insumos microbiológicos
Os insumos para laboratório voltados à microbiologia são extremamente sensíveis a variações ambientais e riscos de contaminação.
Recomendações principais:
Armazenar meios prontos entre 2 ºC e 8 ºC, em refrigeradores exclusivos;
Evitar congelamento de meios que não suportam baixas temperaturas;
Manter estoques em local estéril ou limpo, livre de poeira;
Realizar o controle de lote, validade e integridade da embalagem;
Organizar os meios por data de vencimento (sistema PEPS: primeiro que entra, primeiro que sai).
Importante: Meios vencidos ou contaminados não devem ser reutilizados, mesmo que aparentemente estejam em boas condições.
Controle de temperatura e umidade
A temperatura é um dos fatores mais críticos no armazenamento de insumos para laboratório. Variações podem afetar a estabilidade, a concentração e até a eficácia dos reagentes e padrões analíticos.
Boas práticas de controle térmico incluem:
Uso de termômetros calibrados e registros diários;
Alarmes para falha de energia em refrigeradores;
Climatização de ambientes para manter a temperatura entre 20 ºC e 25 ºC (para insumos que não exigem refrigeração);
Monitoramento da umidade relativa, que deve estar entre 45% e 60% para evitar degradação de materiais sensíveis.
Sugestão Splabor: câmaras frias, estufas e refrigeradores de laboratório com controle digital são ideais para garantir a estabilidade dos insumos.
Organização, rotulagem e rastreabilidade
A organização dos insumos no laboratório influencia diretamente a eficiência operacional e o controle de qualidade. A rastreabilidade é uma exigência tanto da ISO 17025 quanto de auditorias da ANVISA.
Boas práticas de organização:
Dividir os insumos por tipo, aplicação e necessidade de refrigeração;
Utilizar etiquetas com informações claras: nome, concentração, lote, validade, responsável pela preparação;
Manter planilhas físicas ou eletrônicas com histórico de uso;
Registrar lote e validade de cada insumo utilizado em análises;
Evitar sobreposição de frascos ou embalagens — isso dificulta o acesso e aumenta o risco de quedas.
Armazenamento de materiais estéreis e descartáveis
Mesmo os insumos para laboratório considerados simples — como luvas, máscaras, ponteiras ou placas estéreis — devem ser armazenados corretamente, pois interferem diretamente na qualidade das análises.
Recomendações:
Armazenar em armários fechados, longe de calor e luz direta;
Não romper embalagens até o momento do uso;
Controlar a validade e integridade do material;
Separar insumos estéreis de insumos de uso geral.
Impactos do armazenamento inadequado
Além do prejuízo financeiro, o armazenamento inadequado dos insumos para laboratório pode gerar:
Retrabalho em análises inconclusivas;
Resultados falsos positivos ou negativos;
Desqualificação em auditorias técnicas;
Multas e sanções por descumprimento de normas;
De acordo com levantamento feito por consultorias de compliance regulatório, laboratórios que aplicam rotinas de controle de insumos reduzem em até 40% as não conformidades durante fiscalizações da ANVISA e órgãos certificadores.
Conclusão: Armazenar bem é garantir qualidade
O armazenamento correto dos insumos para laboratório não é apenas uma exigência técnica — é um compromisso com a ciência, com a qualidade dos resultados e com a segurança de todos os envolvidos.
Seguir normas como NR-26, ABNT NBR 14725, ISO 17025 e as diretrizes da ANVISA garante que reagentes, padrões, meios e consumíveis estejam sempre prontos para uso e dentro das especificações exigidas.
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