Determinação de Umidade em Rações: Guia Completo

Determinação de Umidade em Rações e Grãos: Eficiência Técnica, Equipamentos e Evidências Científicas na Agroindústria

A determinação de umidade em rações é um dos pilares do controle de qualidade na agroindústria. Essa análise é essencial para garantir o armazenamento seguro, preservar o valor nutricional e prevenir contaminações por fungos e micotoxinas. Segundo a EMBRAPA, cerca de 15% das perdas pós-colheita de grãos no Brasil estão associadas a teores de umidade inadequados. Já o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) aponta que a umidade excessiva é o fator de maior impacto na estabilidade microbiológica das rações.

Por que a determinação de umidade é crucial?

A determinação de umidade em rações permite monitorar condições que, se negligenciadas, podem comprometer toda a cadeia de produção animal. A umidade elevada favorece reações de fermentação, deterioração biológica e proliferação de fungos como Aspergillus flavus, responsável pela produção de aflatoxinas. Segundo estudos publicados na revista “Animal Feed Science and Technology”, rações com teores de umidade superiores a 13% apresentam risco significativo de desenvolvimento fúngico em menos de 15 dias de armazenamento.

Em contrapartida, teores de umidade muito baixos podem causar redução da palatabilidade, quebra de partículas e aumento da segregação de ingredientes, afetando o balanço nutricional das dietas formuladas.

Produtos com maior risco de umidade inadequada:

• Milho: risco de fermentação e micotoxinas; perdas estimadas em 7% ao ano por má secagem.

• Soja: rendimento de extração de óleo reduzido em até 5% com umidade acima do ideal.

• Trigo: bolores são responsáveis por mais de 30% das perdas de qualidade em armazéns.

• Rações peletizadas: umidade acima de 12% reduz a validade de 90 para 30 dias, conforme dados do MAPA.

• Farelos: tendência à oxidação e emboloramento, com perda nutricional de até 8% segundo o NRC (National Research Council).

Riscos Associados à Umidade Elevada

A determinação de umidade em rações e grãos é uma ferramenta de prevenção. Quando ignorada, podem ocorrer:

• Proliferação de fungos (Aspergillus, Fusarium)
  → produção de micotoxinas como aflatoxina e zearalenona

• Fermentações indesejadas
  → gera calor e deterioração, especialmente em grãos armazenados

• Perda de valor nutricional
  → quebra de proteínas e oxidação de lipídios

• Problemas em transportes
  → formação de condensação e mofos em containers ou bags

Métodos e Equipamentos para Determinação de Umidade

1. Balança de Umidade Termogravimétrica

A balança termogravimétrica é uma das ferramentas mais utilizadas na determinação de umidade em rações. Utiliza fonte de aquecimento halógena e fornece resultados em poucos minutos, com precisão de até 0,001 g.

• Tempo médio de análise: 6 minutos

• Repetibilidade: ± 0,05%

• Exemplo de uso: controle de recebimento em fábricas de ração

2. Estufa com Balança Analítica

Método tradicional referenciado pela ISO 712 e amplamente aceito por órgãos reguladores como o MAPA. Ideal para auditorias e validações internas.

• Tempo de análise: 2 a 4 horas

• Reprodutibilidade: variação inferior a 0,1%

• Vantagem: alta confiabilidade em testes laboratoriais padronizados

3. Sensores Industriais em Linha

Esses sensores permitem a leitura em tempo real da umidade durante o processo de secagem e mistura das rações, sendo fundamentais para plantas com alta produtividade.

• Tempo de resposta: instantâneo

• Faixa de medição: 5% a 25%

• Manutenção: requer calibração semanal

Procedimentos Operacionais Padrão

A análise de umidade deve seguir etapas bem definidas:

1. Coleta representativa da amostra

   • Em grãos: amostragem em diferentes pontos do silo

   • Em rações: retirada após mistura ou na ensacadora

2. Preparação da amostra

   • Trituração e homogeneização, evitando perda de umidade

   • Pesagem exata entre 2 e 5 gramas

3. Ajuste da temperatura no equipamento

   • Em rações com óleos ou gorduras, evitar temperaturas acima de 110 °C para não degradar compostos voláteis

4. Cálculo do teor de umidade (%)

   • O equipamento realiza a leitura automática com base na perda de massa

Relatos de nossos clientes do uso na Prática 

Caso 1: Cooperativa de grãos no Centro-Oeste

“Após a instalação de balanças halógenas, reduzimos em 28% as perdas por umidade elevada. O tempo médio de triagem de caminhões caiu de 18 para 7 minutos.”

Caso 2: Fábrica de ração para aves no Sul do Brasil

“Com a substituição da estufa por balança de umidade em parte das análises, conseguimos triplicar a produtividade por turno e reduzir erros de liberação em 15%.”

Caso 3: Agroindústria exportadora de farelos

“Integramos sensores de umidade em linha aos misturadores. A conformidade com os contratos de exportação passou de 89% para 99%, com economia de 12 toneladas de matéria-prima ao mês.”

Normas Técnicas e Regulamentações

• MAPA / IN 11: estabelece os limites máximos de umidade para comercialização

• ISO 712: norma internacional para medição da umidade em grãos

• Codex Alimentarius: orientações para segurança alimentar e armazenamento

• NRC 2012: referência nutricional para formulação de rações animais

Benefícios Comprovados da Determinação de Umidade em Rações

Considerações Finais

A determinação de umidade em rações é uma ferramenta estratégica respaldada por dados científicos, regulamentações técnicas e relatos de uso industrial. A adoção de tecnologias modernas, como balanças halógenas e sensores de umidade em linha, permite maior precisão, agilidade e conformidade com os padrões exigidos por mercados internos e externos. Investir em controle de umidade é investir em qualidade, segurança e competitividade para a agroindústria.

Quer mais precisão na análise de umidade em rações?
Solicite agora um orçamento do seu determinador de umidade de rações e descubra qual modelo se adapta melhor às exigências da sua produção agroindustrial. Equipamentos com alta performance, suporte técnico especializado e entrega para todo o Brasil.