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HISTÓRICO

Todos sabem que a humanidade existe há milhares de anos, mas o avanço da ciência através de suas descobertas realizadas pelo ser humano é recente. O cultivo de células, por exemplo, se iniciou no princípio do século XX com Harrison, em 1907, e Carrel, em 1912. O objetivo era estudar o comportamento de células animais fora do organismo, em um meio ambiente controlado – consequentemente essa técnica foi desenvolvida como um método para estudá-la.
Inicialmente, ou para ser mais exato – durante mais de 50 anos – a técnica era chamada de cultivo de tecidos (do inglês tissue culture) pois os primeiros experimentos eram o cultivo de tecidos fragmentados mecanicamente em frascos contendo fluidos dos animais de onde provinham os tecidos. Atualmente esse termo é usado para denominar genericamente tanto o cultivo de células quanto o de tecidos e de órgãos.

 INFORMAÇÕES

É importante ressaltar que a proliferação in vitro é diferente daquela in vivo, porque células em cultivo acabam sendo um modelo de função fisiológica muito contraditório, já que características ocorridas durante o seu desenvolvimento em cultura são perdidas. Por mais semelhante que esse modelo seja da realidade, o processo in vitro ainda causa problemas para o desenvolvimento celular (a adesão célula – célula e célula – matriz é reduzida pois não possui as características [heterogeneidade e arquitetura tridimensional] de um tecido in vivo, uma vez que seu meio nutricional está modificado). A escolha do meio ideal é a opção a se adotar para a obtenção de uma cultura que expresse uma função específica.

Com os argumentos citados acima, existem vantagens no uso de cultura de células como modelo experimental. A principal vantagem dessa técnica é a economia quando comparada ao uso de animais em experimentos, pois o controle do ambiente e a homogeneidade da amostra favorecem para este cenário. Em adição, com a existência das CEUA’s – Comissões de Ética de Uso de Animais em Pesquisa, o modelo alternativo principal para a substituição dos animais em experimentos de pesquisa é justamente a cultura de células.

TÉCNICAS 

CÉLULAS PRIMÁRIAS, CÉLULAS ESTABELECIDAS E CÉLULAS TRANSFORMADAS

Quando oriunda do crescimento de células provenientes de um fragmento de tecido obtido por desagregação mecânica ou enzimática, tem-se uma cultura primária. Todas aquelas células que conseguirem sobreviver ao processo de desagregação e aderirem à garrafa formarão a primeira monocamada de células daquele tecido. Devido ao fato dessas células possuírem as características do tecido de origem, são denominadas células primárias. Para se estudar o comportamento de determinada célula in vitro, essa é a forma de cultivo mais utilizada, já que há a presença de suas características genotípicas e fenotípicas.

A morte celular é um mecanismo para renovação tecidual no organismo e essa morte é programada, não causando danos devido ao processo denominado apoptose – a célula não é rompida, ou seja, ela se “autodigere”, formando botões apoptóticos que são degradados. As células primárias possuem um tempo de vida curto. À medida que a cultura é replicada, as células que se proliferam com capacidade superior as demais irão predominar na garrafa de cultivo em detrimento das células que não se adaptaram aquele cultivo, ou então devido a traumas do processo de desagregação. Essas células ainda não perderam as características do tecido de origem, mas possuem alta proliferação, caracterizando um tipo de célula chamado de linhagem celular contínua. A principal vantagem desse tipo de linhagem é que pode ser mantida em cultura por um longo período de tempo (se comparado às células primárias) além de guardar a maioria das características do tecido original.

No momento em que as características genéticas das células são modificadas, elas deixam de ser semelhantes morfológica e geneticamente ao tecido original e são então chamadas de células transformadas. Para ocorrer essa transformação, são utilizadas substâncias químicas, vírus ou agentes físicos como a luz ultravioleta.

CURIOSIDADES

A biossegurança é primordial em laboratórios de cultivo celular. Antes do início do cultivo celular, planeje o trabalho a ser realizado para executá-lo com segurança. Prepare um procedimento com as especificações das atividades realizadas e oriente toda a equipe com respeito aos possíveis riscos e a importância em seguir as especificações de segurança na rotina de trabalho. É claro que a organização de um laboratório de pesquisa com células depende de sua finalidade e do número de pessoas que nele trabalham. Geralmente é necessário ter as seguintes áreas em um laboratório para este fim:

  • Área de lavagem e esterilização;
  • Área para preparo de meios;
  • Área para incubação e observação das culturas;
  • Área para manipulação asséptica das culturas;

A TPP é uma linha de produtos especializados em cultivo celular e  comercializada pela SPLABOR.

Os produtos TPP são livres de pirogênios, endotoxinas, substâncias citotóxicas, RNase e DNase, além de serem estéreis por radiação gama. Não há aditivos ao material evitando a lixiviação de substâncias nas amostras. Possuem área de crescimento tratada resultando em uma excelente proliferação celular.

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Referência:  Alves, E. A.; Guimarães, A. C. R. Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde – Capítulo 5 – Cultivo Celular – Rio de Janeiro: EPSJV/Instituto Oswaldo Cruz, 2010.