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Como trabalhar um laboratório de Microbiologia?

O Laboratório de Microbiologia recebe diariamente grande número de amostras de fluidos corporais e outros espécimes clínicos que são, potencialmente, infecciosos. Os maiores perigos estão relacionados com os vírus da hepatite e HIV, bacilos da tuberculose, salmonelas, fungos, protozoários, etc.

O laboratório de microbiologia tem por finalidade o estudo de diversos microrganismos, estar equipado com os melhores equipamentos para laboratório é essencial a proteção de todos.

É difícil quantificar o risco no trabalho em laboratórios, com relação aos agentes infecciosos. Tem-se por base, porém, que o risco individual aumenta com a freqüência e com os níveis de contato com o agente infeccioso.

Biosegurança em Laboratórios

O primeiro cuidado a ser tomado no laboratório que trabalha com espécimes clínicos é com o risco de exposição à infecção. Por outro lado, deve-se considerar que os riscos são influenciados por uma relação variável entre o agente infectante, o hospedeiro e a atividade desempenhada.

Chamamos de biossegurança em laboratório a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente.

CLASSIFICAÇÃO DO ORGANISMO SEGUNDO SEU POTENCIAL PATOGÊNICO

  • Classe de Risco 1: (baixo risco individual e baixo risco para a comunidade) – organismo que não causa doença ao homem ou animal. Ex: microrganismos usados na produção de cerveja, vinho, pão e queijo. (Lactobacillus casei, Penicillium camembertii, S. cerevisiae, etc).
  • Classe de Risco 2: (risco individual moderado e risco limitado para a comunidade) – patógeno que causa doença ao homem ou aos animais, mas que não consiste em sério risco, a quem o manipula em condições de contenção, à comunidade, aos seres vivos e ao meio ambiente. As exposições laboratoriais podem causar infecção, mas a existência de
    medidas eficazes de tratamento e prevenção limita o risco.
    Exemplo: bactérias – Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus – EBV, herpes; fungos – Candida albicans; parasitas – Plasmodium, Schistosoma.
  • Classe de Risco 3: (elevado risco individual e risco limitado para a comunidade) – patógeno que geralmente causa doenças graves ao homem ou aos animais e pode representar um sério risco a quem o manipula. Pode representar um risco se disseminado na comunidade, mas usualmente existem medidas de tratamento e de prevenção.
    Exemplos: bactérias – Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus – hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos – Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitas – Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi.
  • Classe de Risco 4: (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade) – patógeno que representa grande ameaça para o ser humano e para aos animais, representando grande risco a quem o manipula e tendo grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Normalmente não existem medidas preventivas e de tratamento para esses agentes.
    Exemplos: Vírus de febres hemorrágicas, Febre de Lassa, Machupo, Ébola, arenavírus e certos arbovírus.

EQUIPAMENTOS ESSENCIAIS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

O equipamento de biossegurança consiste em materiais e equipamentos de proteção individual que mantêm o pessoal do laboratório seguro. As cabines de segurança biológica  são um componente muito importante do equipamento de laboratório que permite aos funcionários do laboratório manusear com segurança agentes infecciosos ou toxinas.

As cabines de segurança biológica podem ser divididas em várias classes. As cabines de biossegurança continuam sendo um dos principais equipamentos para proteger os trabalhadores e o meio ambiente de agentes infecciosos ou toxinas em laboratórios biológicos.

Possui papel fundamental para proteção do usuário e dos demais integrantes do laboratório.

Entenda as diferenças entre Capela de Fluxo Laminar e Cabine de Segurança Biológica.

Capelas de fluxo laminar não são cabines de segurança biológica. As capelas de fluxo laminar fornecem uma área limpa ou estéril para proteger o produto de trabalho, mas descarregam o ar em direção ao trabalhador. No trabalho com agentes infecciosos, toxinas ou culturas, o uso de capelas de fluxo laminar pode expor o trabalhador ao material biológico.

Da mesma forma, as capelas de exaustão química não podem ser utilizadas no lugar das cabines de biossegurança . Os exaustores químicos são usados ​​para proteger o pessoal da exposição a produtos químicos e não são apropriados para trabalhos que envolvam agentes infecciosos ou toxinas. As cabines de segurança devem ser inspecionadas regularmente por pessoal treinado e ser “certificadas” como seguras para trabalhos envolvendo agentes infecciosos ou toxinas.

Utilização em: Laboratórios de análises clínicas; Laboratórios de qualidade; Hospitais; Análises microbiológicas; Centros de pesquisas; Manipulação de patogênicos, Indústrias em geral.

O Equipamento de Proteção Individual  é outro componente muito importante do equipamento de biossegurança no laboratório. O equipamento de proteção individual inclui luvas, máscaras, jalecos e outros equipamentos vestíveis (como óculos de segurança e respiradores) que protegem os trabalhadores do laboratório contra agentes infecciosos e toxinas no laboratório.

Dúvidas de como se proteger no Laboratório? Consulte nossa equipe.

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Qualquer dúvida técnica sobre os equipamentos contidos no portfólio SPLABOR, entre em contato com o Departamento de Vendas ([email protected])

Fonte: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/csb.html